A verdadeira santificação, pois, não consiste em conversar sobre assuntos religiosos. Esse é um ponto que jamais deveria ser esquecido por nós. A grande intensificação do ensino e da pregação, nestes últimos dias, torna absolutamente necessário que ergamos a voz em tom de advertência. As pessoas ouvem a verdade do evangelho de forma tão contínua que encontram uma familiaridade doentia com suas palavras e expressões, chegando, algumas vezes, a falar tão fluentemente sobre as suas doutrinas que até poderíamos pensar que elas são crentes autênticos. De fato, é causa de desgosto e aversão ouvir a linguagem fria e imprudente com que muitos falam sobre a “conversão, o Salvador, o evangelho, a busca pela paz, a graça gratuita” e outros temas similares, enquanto estão notoriamente servindo ao pecado e vivendo para o mundo. Poderíamos duvidar que tal conversação seja abominável aos olhos de Deus, sendo apenas um pouco melhor do que as maldições, os juramentos falsos e o uso do nome de Deus em vão? A língua não é o único membro do corpo que Cristo requer que ponhamos a seu serviço. Deus não quer que o seu povo seja apenas como vasos vazios, como o bronze que soa ou címbalos que retinem. É mister que sejamos santificados não somente “de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade” (1 Jo 3.18).
Trecho extraído do livro 'Santidade', de J. C. Ryle.
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