sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Preparados por Deus para um novo nível



“O Senhor que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu.” 1 Sm 17:37a


O futuro é conhecido por Deus e os seus alvos para nós são tão grandes quanto as nossas lutas no campo de treinamento.

Ninguém vence um Golias sem antes ter vencido em seu secreto os ursos e leões que aparecem em seu caminho.

A bíblia não mostrou e, nem possivelmente a família de Davi sabia de suas lutas com os leões e ursos que apareceram em sua vida, no entanto, foram estas batalhas sem nenhuma plateia ou palmas, e vividas em secreto que o preparou para uma grande batalha pública onde o Nome de Deus foi glorificado, e o povo de Deus teve um grande livramento.  

Querido, conforme o tamanho dos leões e ursos vencidos no seu secreto, muitas vezes dentro do seu coração, lutas que até mesmo você não sabia que teria que passar e vencer, elas serão o preparo para o que Deus fará contigo na presença de todo o seu povo.

A vitória pública, onde o reino é preservado, não é vencida sem que antes existam vitórias no secreto da sua intimidade, onde só você e Ele sabem da existência destas lutas.

Nesta mesma passagem, Davi declara que os leões e os ursos vinham para arrebatar, tomar os cordeiros do rebanho, ou seja, os alvos destes leões e ursos são tirar as ovelhas do rebanho, do caminho.

As ovelhas atraem os leões e ursos por serem carne, alimentos aos seus olhos, que as matam para o seu deleite, para a sua satisfação. Da mesma forma,, quando a nossa carne ainda está tão viva dentro de nós, também atrai os nossos inimigos que desejam nos arrebatar dos braços de Deus.

Enfim, assim como os leões estão desejosos para tragar as ovelhas, da mesma forma, alguns sentimentos, desejos, ações e até mesmo mágoas e ressentimentos assediam os nossos corações para tomá-lo e impedir os planos de Deus em nossas vidas.

E estes sentimentos e desejos devem ser com certeza, as primeiras batalhas a serem vencidas em nossas vidas.

Querido, é importante dizer que Davi tinha consciência que o Senhor é quem deu a vitória, livrando-o das garras dos leões e ursos, ou seja, saiba que não estarás sozinho nestas batalhas, mas que o Senhor dos exércitos lutará contigo e os livrará de todas.

E quando passares por estas vitórias, este treinamento, é porque serás colocado na presença do grande Golias que não terá outro objetivo a não ser colocá-lo no lugar pelo qual foi chamado, Davi começou o seu ministério quando Golias caiu.

Golias não vem para amedrontar, mas sim para glorificar o nome de Deus e conduzir os seus vencedores para o propósito do Senhor.

Quero com isto desafiá-lo a enfrentar os leões e ursos que, porventura, estão tentando contra a sua vida. Enfrente-os, pois Deus é contigo para levá-lo a um novo nível.

        
Oração e Declaração:

Amado Deus, obrigado por que sei que me fortalecerá a vencer as minhas batalhas com os leões e ursos que ainda se levantam contra a minha vida. Agradeço, pois sei que cada batalha que resolvo enfrentar tem como finalidade me preparar para enfrentar os Golias que, porventura. possam existir à minha frente.
Batalhas estas que trarão livramento ao seu povo e glorificarão o Seu Nome, este é o alvo e desejo andar por ele. Amém!


Fique na paz!  
Um abraço.
Alberto Carlos Macedo

quarta-feira, 31 de julho de 2013

LEI X GRAÇA

"A lei trabalhava com símbolos, figuras e tipos que representavam o que Deus iria fazer em nós por Jesus; mas a graça trabalha com a realidade do Espírito. Na lei, havia o candelabro; na graça, Ele nos diz: vós sois a luz do mundo. Na lei, havia o altar de incenso; na graça, queimamos incenso enquanto oramos. Na lei, havia o maná escondido dentro da arca; na graça, a revelação é dentro do seu espírito. Na lei, havia o tabernáculo; na graça, nós somos o tabernáculo. Na graça, Ele diz: vós sois o sal. O Pai planejou, o Filho fez, o Espírito transmite e a fé recebe" (Éber Rodrigues).

Discernir o Corpo do Senhor

Texto retirado do livro Love: The Way to Victory, de Kenneth Hagin
Traduzido por Bárbara Caroline Macedo

O que nós temos que perceber é que, sob a Nova Aliança, queira ou não, nós cumprirmos o número de nossos dias, em grande parte, depende de nós. Por quê? Porque a cura foi proporcionada para nossos corpos na Expiação. A Bíblia diz: “Ele mesmo tomou nossas enfermidades, e levou nossas doenças” (Mt 8.17).

Quando Jesus disse isso, Ele estava citando Isaías 53.4: “Certamente, Ele tomou sobre si nossos pesares, e carregou nossas dores”. O Hebraico literal diz: “Ele suportou nossas doenças e carregou nossas dores”.

Em seguida, 1 Pedro 2:24 também diz sobre nossa aliança de cura:

Ele levou nossos pecados em seu próprio corpo sobre o madeiro, a fim de que, mortos para o pecado, vivamos para a justiça; PELAS SUAS FERIDAS FOSTES CURADOS.

Então a cura pertence a nós. Mas nós nunca iremos ser capazes de andar na provisão de cura de Deus sem aprendermos a caminhar em amor.

Bem, se Deus tornou a cura disponível a nós na Expiação, então porque todos não são curados? Se nós iremos andar em saúde, há algo que precisamos entender sobre o amor. Observe o que a Bíblia diz em 1 Coríntios 11: 23 a 30:

Pois eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, logo após haver dado graças, o partiu e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo, depois de comer, Ele tomou o cálice e declarou: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue. Fazei isto todas as vezes que o beberdes, em memória de mim”. Portanto, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice proclamais a morte do Senhor, até que Ele venha. Por esse motivo, QUEM COMER DO PÃO OU BEBER DO CÁLICE DO SENHOR, INDIGNAMENTE, será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor. EXAMINE, POIS, CADA UM A SI PRÓPRIO, e dessa maneira coma do pão e beba do cálice. Pois quem come e bebe INDIGNAMENTE, come e bebe para sua própria condenação, NÃO DISCERNINDO O CORPO DO SENHOR. POR ESSA RAZÃO, há entre vós muitos FRACOS e DOENTES e VÁRIOS QUE JÁ DORMEM.

Agora, vamos voltar e analisar o que acabamos de ler. Quando Jesus tomou o pão, Ele disse: “Este é o Meu Corpo que foi partido por vós”. Veja, com as pisaduras de Jesus fomos sarados. Porque Seu corpo foi partido para nós na Expiação, nós podemos receber cura física para nossos corpos.

Em seguida, Jesus disse: “Este cálice é o Novo Testamento em Meu sangue”. A Bíblia diz que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados (Hb 9.22). O sangue de Jesus significa nossa redenção e limpeza de nossos pecados.

Observe a palavra “indignamente” no verso 27: “Por esse motivo, quem comer do pão ou beber do cálice do Senhor, indignamente, será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor”.

A palavra usada aqui não é “indigno”. Muitas vezes, as pessoas dizem, “Eu me sinto tão indigno”, e eles acham que esse verso se aplica a sentimentos de indignidade. Mas o verso 27 não está dizendo que nós somos indignos de participar da Ceia do Senhor.

A palavra “indigno” se refere à maneira e à atitude com a qual você participa da Ceia do Senhor. Então esse versículo está falando sobre a maneira como os Coríntios participavam da Ceia do Senhor.

Se você ler os versículos anteriores e estudar o contexto, você verá que essas pessoas estavam se reunindo, tendo uma refeição, e tendo ainda a Ceia do Senhor. Mas muitas delas bebiam vinho e ficavam bêbadas. Então Paulo estava dizendo: “Essas pessoas estão trazendo condenação e julgamento para si mesmas porque estão participando da Ceia do Senhor de um modo indigno”.

Então a Bíblia continua a dizer, “Por esta causa muitos estão fracos e doentes a muitos dormem ou morrem prematuramente”. Isso infere que nós não devemos ser fracos ou doentes. Paulo está falando sobre o corpo físico do homem aqui. Ele está dizendo que aqueles que participam da Ceia do Senhor de modo indigno podem se tornar fracos e doentes e, até, morrer prematuramente.

Esses versos estão dizendo, “Por não discernirem o corpo do Senhor, muitos estão fracos e doentes dentre vocês e muitos dormem”. “Dormir” na Bíblia significa que seus corpos estão adormecidos na sepultura, e os seus espíritos foram estar com o Senhor.

Mas, observe que eles morreram prematuramente. O número dos seus dias não foi completado. Eles não deveriam morrer. Certamente não era a vontade de Deus que eles morressem prematuramente. Na verdade, se eles tivessem discernido o corpo do Senhor, eles não teriam ficado fracos e doentes, e não teriam morrido prematuramente.

A Bíblia está dizendo que, às vezes, há uma causa ou razão das pessoas estarem fracas, doentes e, ainda, morrerem prematuramente, porque se eles não discernirem o corpo do Senhor, eles trazem juízo para si próprios.

Você notou que não há nada sobre não discernir o sangue do Senhor. Ele diz: “Não discernindo o corpo do Senhor”. “Discernir” significa ver e entender.

O partir do pão da Comunhão é um símbolo ou figura do corpo de Cristo partido. Se você não ver e entender que o corpo de Cristo foi partido para seu sustento e cura física, então embora você possa estar caminhando em amor, você pode ser fraco e doente por não se apropriar da cura que Ele já providenciou para você na Cruz do Calvário.

Cristo é nosso Cordeiro Pascal. Seu corpo foi partido para nosso sustento e cura física: “pelas suas pisaduras fostes sarados” (1 Pe 2.24). Se você não sabe que está curado pelas Suas pisaduras, então você pode ser fraco e doente fisicamente. Você pode ainda morrer prematuramente e não viver a totalidade de seu tempo aqui embaixo.

Mas há também outro lado dessa declaração, “não discernindo o corpo de Cristo”. Você pode também ser fraco e doente, e morrer prematuramente, por não discernir que o Corpo espiritual do Senhor, o Corpo de Cristo, é um (Cl 3.15).

Em outras palavras, há um Corpo de Cristo espiritual na terra hoje, o qual inclui todos os crentes nascidos-de-novo de todo o mundo (Cl 1.18). Quando Jesus estava aqui na terra, o único Corpo de Cristo que existia na terra era o Corpo físico de Jesus. Mas hoje o Corpo de Cristo consiste de crentes de todo o mundo. E nós precisamos discernir o Corpo de Cristo e caminhar em amor para com eles.

Em outras palavras, por não discernirmos o Corpo de Cristo – nossos irmãos e irmãs em Cristo – e caminhar em amor por eles, nós podemos nos abrir à fraqueza, doença e, até, à morte prematura. E a razão de muitos crentes estarem numa condição de fraqueza e doença é que eles não têm discernido o Corpo de Cristo como devem.

Se você não andar em amor pelos companheiros membros do Corpo de Cristo, você ficará fraco e doente, e não prolongará os seus dias nessa terra. Você encurtará os seus dias, e pode ainda morrer prematuramente. Eu não digo isso – a Bíblia diz isso.

Muitos cristãos já têm morrido prematuramente por não andarem em amor pelos companheiros membros do Corpo de Cristo. Eles não deveriam morrer – isso não era o melhor de Deus para eles – mas sua falta de amor encurtou seus próprios dias.

Não andar no amor pode encurtar sua vida porque isso permite ao diabo um ponto de apoio em sua vida. Cada passo fora dor amor é um passo no pecado. Pecado abre a porta para o diabo em sua vida. Portanto, para cumprir nessa terra, você terá que caminhar em amor.


E o amor de Deus nunca falha. É o amor de Deus trabalhando em nós que permitirá que caminhemos em amor para com cada membro do Corpo de Cristo. Por causa do amor – divino amor de Deus em nós – qualquer briga ou disputa pode ser resolvida. Ele pode resolver qualquer problema, porque Deus é amor. Eu tenho visto o amor de Deus trabalhando em muitas situações impossíveis ao longo dos anos.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Completarei o número dos teus dias

Texto retirado do livro Amor: o Caminho para a Vitória, de Kenneth Hagin.


Servireis ao Senhor vosso Deus, e Ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e tirará do vosso meio as enfermidades. Na tua terra não haverá mulher que aborte, nem estéril; completarei o número dos teus dias.  (Êxodo 23: 25 e 26)

Se Deus tirava do meio dos israelitas as doenças segundo a Antiga Aliança, que não é tão boa quanto a Nova Aliança que nós temos, quanto mais Ele fará isso por nós segundo a Nova Aliança? Na nova e melhor aliança não está escrito: “Guarda a lei do amor segundo a Nova Aliança, e você viverá doente e aflito durante toda a sua vida”.

Parafraseando a lei do amor segundo a Nova Aliança, você poderia ler assim Êxodo 15:26 e Êxodo 23:25,26: “Ande no Meu mandamento do amor e guarde Meus preceitos do amor; faça o que é certo aos Meus olhos, andando no amor; e Eu removerei do seu meio as doenças, e cumprirei o número dos seus dias”.


Segundo a Nova Aliança, Romanos 13:8 diz: “... pois quem ama ao próximo, tem cumprido a lei”. Se cumprirmos a lei da Nova Aliança que Jesus nos deu - de amar uns aos outros - teremos o direito de reivindicar as mesmas promessas que pertenciam aos israelitas.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

História de Deus


“Pois bem, como encaixar o que sabemos a respeito de Abraão, nosso primeiro pai na fé, nessa nova maneira de enxergar as coisas? Se Abraão tivesse sido aprovado por Deus pelo que fez, ele poderia ter recebido crédito. Mas o que temos é a história de Deus, não a de Abraão. Assim, lemos nas Escrituras: “Abraão participou do que Deus fez por ele, e isso foi decisivo. Ele acreditou que Deus podia torná-lo justo, em vez de apelar para a própria justiça.” Rm 4:1-3


Este texto nesta tradução acima é formidável, ele nos faz ver algo que muitas vezes esquecemos, mas que é a pura verdade.

Muitas vezes nos colocamos como se Deus viesse a nós para nos ajudar em nossa caminhada, planos e objetivos, mas isto é o maior engano da igreja, porque não somos nós que trazemos Deus para a nossa vida, é Deus quem nos convida e nos leva para a sua vida.

Ou seja, a história que lemos até os nossos dias, não é a história de Abraão, Davi, Samuel, John Wesley, e tantos outros grandes homens, é a história de Deus que está se desenvolvendo a cada dia, a qual temos o privilégio de sermos chamados a participar.

Observa o autor querendo corrigir isto no texto acima, dizendo que Abraão não foi considerado justo pelo que fez, mas sim por ter participado da história de Deus, acreditando que este era poderoso para realizar a sua promessa.

Querido, a verdade é que somos chamados, convidados a participar da poderosa obra de Deus que está acontecendo nestes dias, não somos nós que chamamos Deus para participar de nossas vidas, aqui está o grande erro.

Veja este versículo:

“Fiel é o que vos chama a si mesmo, e absolutamente confiável, e ele também vai fazer cumprir o seu chamado de santificação e o manterá.” 1 Ts 5:24

Observa que é Ele quem nos chamou, e assim é o que encontrará por toda a bíblia, Ele nos chamando, lembre-se Jesus é quem chamou os apóstolos, desta forma, cabe a nós aceitar o chamado e desenvolver aquilo pelo qual Ele nos chamou.

Assim sendo, a partir do chamado, não é mais a nossa história que será escrita, mas a história dEle, o plano dEle que se desenvolverá, onde nesta história somos apenas coadjuvantes, e a nossa posição é simplesmente um canal para que a sua vontade aconteça neste tempo.

Penso que isto muda muito sobre como temos desenvolvido o nosso papel de coadjuvante, ou se estamos querendo fazer do nosso papel de coadjuvante o papel principal na sua história.

Lembre-se: você foi chamado, atraído, e não Ele por você.   


Oração e Declaração:

Amado Deus, obrigado pelo privilégio de ser chamado para a sua história em nossos dias, espero que cumpra o meu papel de forma poderosa, cooperando para que verdadeiramente a história que o Senhor está executando desde a criação dos tempos possa ter o fim planejado. Amém.

Fique na paz!  
Um abraço.
Alberto Carlos Macedo

terça-feira, 9 de julho de 2013

A Bíblia jamais faz pouco caso da decepção humana (lembre-se
da proporção em Jó — um capítulo de restauração segue-se a
quarenta e um capítulos de angústia); acrescenta, porém, uma
palavra chave: temporário. O que sentimos agora, nem sempre
sentiremos. Nosso desapontamento é ele próprio um sinal, uma
dor, uma fome de algo melhor. E a fé é, afinal, um tipo de
saudade — de um lar que jamais visitamos, mas que nunca
deixamos de anelar.

(DECEPCIONADO COM DEUS - Philip Yancey)

terça-feira, 2 de julho de 2013

Corpo de Cristo

       
Texto retirado do livro Decepcionado com Deus, de Philip Yancey.


Em um corpo, Cristo conciliou os dois mundos, unindo finalmente espírito e matéria, unificando a criação de uma forma que não se via desde o Éden. O teólogo Jürgen Moltmann assim o expressa, numa sentença que merece muita reflexão: "A corporificação é o propósito de todas as obras de Deus." E é assim que o apóstolo Paulo o expressa: "Ele é a cabeça do corpo, da igreja... porque aprouve a Deus que nele residisse toda a plenitude, e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as cousas, quer sobre a terra, quer nos céus."

Quando aquele Verbo-feito-carne ascendeu, deixou para trás sua Presença na forma de seu corpo, a igreja. Nossa bondade torna-se literalmente a bondade de Deus ("Sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes"). Nosso sofrimento torna-se, no dizer de Paulo, "a comunhão dos seus sofrimentos". Nossas ações tornam-se suas ações ("Quem vos recebe, a mim me recebe"). O que acontece a nós, acontece a ele ("Saulo, Saulo, por que me persegues?"). Os dois mundos, visível e invisível, fundem-se em Cristo; e nós, como Paulo sempre insistia, estamos mui literalmente "em Cristo". A incorporação é o propósito de toda obra de Deus, o objetivo de toda a criação.
            
Olhando a partir de baixo, nossa tendência é pensarmos em milagres como uma invasão, uma erupção no mundo natural com uma força espetacular, e nós ansiamos por tais sinais. Mas a partir de cima, do ponto de vista de Deus, o milagre real é o da transposição; que corpos humanos possam tornar-se vasos cheios do Espírito, que atos humanos corriqueiros de caridade e bondade possam tornar-se nada menos do que a encarnação de Deus na terra.

Para finalizar a analogia, não preciso procurar além das palavras de Paulo, pois a imagem que ele apresenta para descrever o papel de Cristo no mundo de hoje é a mesma que empreguei para ilustrar a transposição. Jesus Cristo, disse Paulo, agora atua como a cabeça do corpo. Sabemos como uma cabeça humana realiza sua vontade: traduzindo, num sentido descendente, ordens que as mãos e os olhos e a boca possam entender. Um corpo saudável é aquele que segue a vontade da cabeça. Dessa mesma maneira, o Cristo ressurreto realiza sua vontade através de nós, os membros de seu corpo.


Deus está calado? Respondo a essa pergunta com uma outra: A igreja está calada? Nós somos seus porta-vozes, as cordas vocais que ele designou neste planeta. Um plano de uma transposição assim chocante garante que a mensagem de Deus algumas vezes pareça confusa ou incoerente; garante que Deus algumas vezes pareça calado. Mas a incorporação era o seu objetivo, e, à luz disso, o Dia de Pentecostes torna-se uma metáfora perfeita: a voz de Deus na terra, falando através de seres humanos em formas que até eles não conseguiam compreender.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Ministério Ismael X Ministério Isaque

Texto retirado do livro Vitória no Deserto, de John Bevere.

Existem dois tipos de ministério: o ministério tipo Ismael e o de Isaque. Qual a diferença entre os dois? O ministério Ismael nasce da necessidade e é gerado na carne. O ministério Isaque nasce do chamamento e é gerado no Espírito. Ambos surgiram da promessa ou do chamamento de Deus.
Deixe-me explicar. Deus prometeu a Abraão que teria um filho. Um filho gerado pelo próprio Abraão. Deus nada falou a respeito do papel que Sarai, sua esposa estéril, desempenharia no processo. Depois de onze anos de espera pelo filho, Sarai teve uma ideia brilhante. "Sou estéril e já passei da idade de gerar filhos. Você ainda está em plena forma; se demorar, nem mesmo você conseguirá gerar um filho. Você sabe, a fé sem obras é morta! Então, deite-se com minha serva Hagar, engravide-a e teremos filhos através dela (paráfrase de Génesis 16). A ideia agradou a Abraão, e Hagar ficou grávida dele, nascendo-lhes um menino, em quem puseram o nome de Ismael.
Deus olhou tudo aquilo e disse consigo mesmo: "Eles acham que vão realizar minha promessa na força da carne. Agora, sim! Vou aguardar até que o aparelho reprodutor de Abraão não mais funcione, e aí, sim, cumprirei minha promessa" (paráfrase). Por quê? Porque nenhuma carne se gloriará em Deus. Assim, treze anos mais tarde, e vinte e quatro anos depois de haver-lhe prometido um filho (e nós desanimamos se nossas orações não são respondidas no dia seguinte), Deus disse: "Agora que o aparelho reprodutor de Abraão não mais funciona (Romanos 4:19) e ele já está próximo dos cem anos de idade, vou cumprir a promessa de dar-lhe um filho" (paráfrase). Deus rejuvenesceu o sistema reprodutivo de ambos e Sara concebeu e deu à luz Isaque. Ismael circulava pela casa há treze anos quando Isaque nasceu, e viveu alguns anos mais gozando os benefícios da família de Abraão, enquanto Isaque era criança. No entanto, chegou o dia em que Ismael começou a brigar com Isaque. Veja o que aconteceu:
"... O que nascera segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim também agora. Contudo, que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava será herdeiro com o filho da livre" (Gl 4:29, 30 - grifo do autor).
O nascido da carne, o que surge como fruto da necessidade, sempre perseguirá o que é nascido do Espírito. Ainda hoje, existem ministérios gerados em Hagar cujo fruto é Ismael. São ministérios que surgem da carne, ainda que a promessa seja genuína. São pessoas que não esperaram que Deus cumprisse suas promessas para com elas e resolveram agir por conta própria.
Não estou me referindo a ministérios apenas, mas a todo estilo de vida. Lembre-se: a carne jamais poderá efetivar as promessas divinas! Se o projeto nasceu da carne, a provisão virá da carne. E isso geralmente é feito através de manipulação e controle. É aqui que as pessoas buscam o poder e brincam com as emoções do próximo a fim de obterem algum resultado. De uma hora para outra, você é responsável pelo sucesso ou derrota de tal ministério, dependendo de sua reação. Você se vê envolvido numa trama de legalismo e exigências. Ainda que nos refiramos ao ministério, quero deixar claro que isso não ocorre apenas com os obreiros aqui descritos; aplica-se também a qualquer coisa criada na força da carne.
Por outro lado, o que é nascido do Espírito entende que nada fez para influir na formação e reconhece que nada pode fazer, nem dar o crescimento por suas próprias forças. Deus torna-se o responsável, e sobre Ele vem a pressão de fazer crescer o que Ele mesmo gerou!
Quando Isaque nasceu, Ismael tinha uma posição privilegiada na casa. Examinando a história, pude perceber que o ministério Ismael sempre surge antes do ministério Isaque. Você tem de resistir à tentação de gerar na carne, o que Deus prometeu gerar no Espírito. Lembre-se do texto bíblico: "Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava será herdeiro com o filho da livre".
Chegará o dia quando o Senhor virá ao seu templo, dizendo: "Fora com os ministérios da carne! Nenhum ministério nascido do esforço humano pode herdar com o ministério da promessa." Ainda que estejam frutificando, Deus dirá: "Lancem fora!" Por quê? Para que nenhuma carne se glorie na presença de Deus!

Quando o juízo de Deus chegar, separando o precioso do vil, se uma parte de sua vida ou ministério tiver sido construída na força de sua capacidade e outra na força do Espírito, somente a parte edificada pelo Espírito permanecerá. Se alguém constrói sua vida ou seu ministério utilizando métodos humanos e autopromoção, nada do que edificou permanecerá. Será salvo como que pelo fogo. Somente permanecerá o que nasceu da promessa e foi gerado pelo Espírito Santo!

domingo, 5 de maio de 2013

Deus Distante


Texto retirado do livro Derrubando Golias, de Max Lucado.


Um homem morto e um homem dançando. Um esticado no chão, o outro dando pulos no ar. O homem morto é o sacerdote Uzá. O homem que está dançando é o rei Davi. Os leitores de 2 Samuel não sabem o que fazer com nenhum dos dois. Um pequeno contexto os ajudará.

A morte do primeiro e a dança do segundo têm algo a ver com a arca da aliança, uma caixa retangular comissionada por Moisés. A caixa não era grande: um metro e dez de altura por 70 centímetros de largura. Três dos objetos hebraicos mais preciosos ficavam na arca: uma jarra de ouro contendo o maná intacto, a vara de Arão que floresceu muito tempo depois de ter sido cortada e as preciosas tábuas de pedra tocadas pelo dedo de Deus ao serem gravadas. Uma lâmina de ouro pesada, chamada propiciatório, servia como tampa para a caixa. Dois querubins de ouro, com asas estendidas, ficavam de frente um para o outro e olhavam para a tampa de ouro. Representavam a majestade do Senhor guardando a lei e as necessidades do povo. A arca simbolizava a provisão (o maná) de Deus, o poder (a vara) de Deus, os preceitos (os mandamentos) de Deus e, principalmente, a presença de Deus. Durante a época do templo, o sumo sacerdote podia ficar uma vez por ano diante da arca. Após oferecer sacrifícios pessoais de arrependimento, ele entrava no santo dos santos, segundo a história, com uma corda amarrada ao tornozelo para que não perecesse na presença de Deus e precisasse ser arrastado para fora.

É possível exagerarmos quanto à importância da arca? Dificilmente. Até onde seria preciosa para nós a manjedoura em que Jesus nasceu? E a cruz? Se tivéssemos a mesma cruz sobre a qual ele foi crucificado, daríamos valor a ela? Você também daria.

Por isso nós nos perguntamos por que os israelitas não valorizavam a arca da aliança. Surpreendentemente, deixaram-na acumular pó por 30 anos na casa de um sacerdote que morava cerca de 11 quilômetros ao oeste de Jerusalém. Negligenciada. Ignorada. Mas Davi, recém-coroado, resolve mudar isso. Depois de organizar a cidade de Jerusalém, ele tem como sua prioridade trazer a caixa de volta. Planeja um desfile de alto nível e convida 30.000 hebreus a participar. Eles reúnem-se perto da casa do sacerdote Abinadabe. Seus dois filhos,1 Uzá e Aiô, são responsáveis pelo transporte. Eles carregam a arca em uma carroça puxada por bois e começam a marcha. Trombetas soam, canções ecoam, e tudo segue bem ao longo dos três primeiros quilômetros até que eles pegam um trecho ruim da estrada. Os bois tropeçam, a carroça balança e a arca se desloca. Uzá, pensando que a caixa sagrada estava para cair da carroça, estica o braço para segurá-la. O céu fulminou Uzá "e ele morreu" (2 Samuel 6:7). Isso acaba rapidamente com o desfile. Todos voltam para casa. Profundamente angustiado, Davi volta para Jerusalém. A arca é mantida na casa de Obede-Edom enquanto Davi resolve tudo. Ao que parece, Davi é bem sucedido em sua missão, pois, ao final de três meses, ele volta, recupera a arca e reinicia o desfile. Dessa vez ninguém morre. Há dança. Davi entra em Jerusalém cheio de alegria. E "Davi foi dançando com todas as suas forças perante o SENHOR" (6:14).

Dois homens. Um morto. O outro dançando. O que eles nos ensinam? Especificamente, o que eles nos ensinam sobre a questão de invocar a presença de Deus? É isso que Davi quer saber: "Como vou conseguir levar a arca do SENHOR?" (6:9).

Na história de Davi e seus gigantes, esse é um problema do tamanho de um gigante. Deus é um deus distante? As mães perguntam: "Como a presença de Deus pode vir sobre meus filhos?" Os pais pensam: "Como a presença de Deus pode encher minha casa?" As igrejas desejam em seu meio a presença de Deus que toca, que ajuda, que cura. Como a presença de Deus pode vir até nós? Devemos acender velas, entoar cânticos, edificar um altar, liderar uma comitiva, doar um barril cheio de dinheiro? O que invoca a presença de Deus? Uzá e Davi misturam morte e dança para revelar uma resposta.

A tragédia de Uzá ensina o seguinte: Deus vem com suas próprias condições. Ele dá instruções específicas quanto ao cuidado com a arca e com o seu transporte. Somente os sacerdotes podiam aproximar-se dela. E, então, só depois ofereciam sacrifícios por si mesmos e suas famílias (veja Levítico 16). A arca era erguida, não com as mãos, mas com varas de acácia. Os sacerdotes passavam varas longas pelas argolas nas extremidades para carregarem-na. "Os coatitas virão carregá-los [os utensílios e todos os artigos sagrados]. Mas não tocarão nas coisas sagradas; se o fizerem, morrerão... eles deveriam carregar nos ombros os objetos sagrados" (Números 4:15; 7:9).

Uzá deveria saber disso. Ele era um sacerdote, um sacerdote coatita, um descendente do próprio Arão. A arca fora mantida na casa de seu pai, Abinadabe. Ele crescera com ela — o que talvez seja a melhor explicação para seus atos. Ele recebe a ordem de que o rei quer a arca e diz: "E claro que posso levá-la. Nós a tiramos do celeiro. Vamos colocá-la na carroça". O santo tornou-se monótono. O sagrado, de qualidade inferior. Por isso ele muda as ordens por conveniência, usando uma carroça, em vez de varas, e touros, em vez de sacerdotes. Não vemos obediência ou sacrifício; vemos conveniência. Deus irou-se. Mas ele tinha de matar Uzá? Ele tinha de tirar sua vida?

Fizemos a pergunta para Joe Shulam. Joe cresceu em Jerusalém, estudou no Seminário de Rabinos Judeus Ortodoxos e ainda mora em Israel. Ele conhece o Antigo Testamento a fundo. Ele encontrou alguns de nós no aeroporto e nos levou para Jerusalém, passando perto do lugar onde Uzá foi morto. — A pergunta — opinou ele em resposta — não é por que Deus matou Uzá, mas, em vez disso, por que ele nos deixa vivos? A julgar pelo número de igrejas mortas e corações frios, não tenho tanta certeza de que seja assim.

A imagem de Uzá morto manda um lembrete sério e arrepiante para aqueles de nós que conseguem ir à igreja com a freqüência que desejam, ter comunhão sempre que desejam. A mensagem é: não relaxe diante do santo. Deus não será levado em carroças convenientes ou carregado por animais irracionais. Não o confunda com um gênio que sai de uma lâmpada depois de ela ser esfregada ou com um mordomo que aparece ao som de uma campainha. Deus vem, lembre-se. Mas ele vem com suas próprias condições. Ele vem quando ordens são respeitadas, corações estão limpos e a confissão é feita.

Mas e o segundo personagem? Qual é a mensagem do homem dançando?

A primeira reação de Davi à morte de Uzá não é nada alegre. Ele retira-se para Jerusalém, confuso e magoado, "contrariado porque o SENHOR, em sua ira, havia fulminado Uzá" (1 Crônicas 13:11). Três meses se passam antes de Davi voltar para buscar a arca. Ele faz isso com um protocolo diferente. Sacerdotes tomam o lugar de touros. O sacrifício toma o lugar da conveniência. Os levitas consagram-se "para transportar a arca do SENHOR". Eles carregam a
arca de Deus "apoiando as varas da arca sobre os ombros, conforme Moisés tinha ordenado, de acordo com a Palavra do SENHOR" (1 Crônicas 15:14,15). Ninguém tem pressa. "Quando os que carregavam a arca do SENHOR davam seis passos, ele [Davi] sacrificava um boi e um novilho gordo" (2 Samuel 6:13). Quando percebe que Deus não está irado, Davi oferece um sacrifício e __________________________. Secione a resposta correta dentre as seguintes alternativas:

a. ajoelha-se perante o Senhor;
b. cai prostrado perante o Senhor;
c. abaixa a cabeça perante o Senhor;
d. dança com todas as suas forças perante o Senhor.

Se sua resposta foi a alternativa d, você acaba de ganhar um ingresso para a quadrilha da igreja. Davi dança com todas as suas forças perante o Senhor (6:14). Cambalhotas, chutes para o alto. Rodopiando, pulando. Não é bater os pés ou balançar a cabeça. O termo hebraico descreve Davi andando em círculos, saltitando e pulando. Esqueça o arrasta-pé simbólico ou a valsa obrigatória. Davi-o-matador-de-gigantes torna-se Davi-odançarino- de-passos-duplos. Ele é o prefeito de uma cidade famosa no dia de um santo badalado, pulando e gingando à frente do desfile. E, se não bastasse, ele tira o colete sacerdotal, a veste de linho para orações. O colete cobre a mesma parte que cobre uma camiseta longa.

Bem ali, diante de Deus, do altar e de todas as demais pessoas, Davi tira nada menos que sua roupa íntima sagrada. (Imagine o presidente da República fugindo do Salão Oval de cueca e dando cambalhotas por uma avenida movimentada.) Davi dança e nós abaixamos a cabeça. Prendemos a respiração. Sabemos o que está por vir. Lemos sobre Uzá. Sabemos o que Deus faz com os irreverentes e com os metidos. Ao que parece, Davi não estava prestando atenção. Pois aqui está ele, em plena presença de Deus e dos filhos de Deus, sacudindo sua roupa íntima. Segure sua respiração e chame o coveiro. Até logo, rei Davi. Prepare-se para ser fritado, flambado e refogado. Mas nada acontece. O céu está em silêncio, Davi continua rodopiando e nós ficamos curiosos. A dança não chateia Deus? O que Davi tem que Uzá não tinha? Por que o Pai celestial não está zangado?

Pela mesma razão por que eu não estava. Elas não fazem agora, mas, quando eram muito pequenas, minhas filhas dançavam quando eu chegava em casa. Meu carro na entrada de casa era sinal para elas começarem a puxar a banda."Papai chegou!", elas anunciavam, passando correndo pela porta. Bem ali, no gramado em frente de casa, elas dançavam. Extravagantemente. Com o rosto sujo de chocolate e a fralda lá nos pés, elas se exibiam para que todos os vizinhos vissem. Isso me incomodava? Eu ficava irritado? Ficava preocupado com o que as pessoas pensariam? Dizia para elas se endireitarem e agirem de forma madura? De jeito nenhum.

Deus disse a Davi que se comportasse? Não. Ele o deixou dançar. As Escrituras não retratam Davi dançando em algum outro momento. Ele não dançou com a morte de Golias. Nunca sambou no meio dos filisteus. Não inaugurou seu tempo como rei com uma valsa ou dedicou a Jerusalém um giro pelo salão de baile. Mas, quando Deus chegou à cidade, Davi não conseguiu ficar parado. Talvez Deus se pergunte como foi que nós nos contivemos. Não gostamos daquilo que Davi queria? A presença de Deus. Jesus prometeu: "Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" (Mateus 28:20). Contudo, faz quanto tempo que enrolamos o tapete e celebramos noite afora a presença de Deus? O que Davi sabia que não sabemos? Do que ele se lembrou que nós esquecemos? Em uma frase, poderia ser o seguinte: O presente de Deus é sua presença.

Seu maior presente é ele mesmo. O pôr-do-sol tira-nos o fôlego. O azul do Caribe acalma nosso coração. Recém-nascidos levam-nos às lágrimas. O amor para toda a vida embeleza nossa vida. Mas leve tudo isso embora — prive-nos do pôr-do-sol, de oceanos, de bebês murmurando e de corações moles — e deixe-nos no deserto do Saara, e ainda teremos razão para dançar na areia. Por quê? Porque Deus está conosco. Isso deve ser o que Davi sabia. E isso deve ser o que Deus quer que saibamos. Nunca estamos sozinhos. Nunca. Deus ama você demais para deixá-lo sozinho, por isso ele não o deixou. Ele não o deixou sozinho com seus medos, suas preocupações, suas doenças ou sua morte. Por isso, pule de alegria. E faça festa! Davi "abençoou o povo em nome do SENHOR dos Exércitos, e deu um pão, um bolo de tâmaras e um bolo de uvas passas a cada homem e a cada mulher israelita" (2 Samuel 6:18,19). Deus está conosco. Essa é a razão para a celebração.

Uzá, ao que parece, deixou isso escapar. Uzá via um deus pequeno, um deus que cabia dentro de uma caixa e precisava de ajuda para se equilibrar. Por isso Uzá não se preparou para ele. Ele não se purificou para se encontrar com o santo: não ofereceu sacrifício, não observou os mandamentos. Esqueça-se do arrependimento e da obediência; coloque Deus na parte de trás de uma carroça e siga em frente. Ou, em nosso caso, viva como o inferno por seis dias e aproveite a graça do domingo. Ou, quem se importa com aquilo em que você crê? Apenas use um crucifixo em volta do pescoço para ter sorte. Ou, acenda algumas velas, faça algumas preces e tenha Deus do seu lado. O corpo sem vida de Uzá alerta contra tal irreverência.

A falta de temor a Deus leva à morte do homem. Deus não será bajulado, controlado, evocado ou ordenado a descer. Ele é um Deus pessoal que ama, cura, ajuda e intervém. Ele não responde a poções mágicas ou slogans inteligentes. Ele procura mais. Procura reverência, obediência e corações com fome de Deus. E, quando os vê, ele vem! E, quando ele vier, deixe a banda começar. E, sim, um coração reverente e pés que dançam podem pertencer à mesma pessoa. Davi tinha as duas coisas. Que tenhamos o mesmo.

A propósito, você se lembra do que eu disse sobre minhas filhas dançando de fraldas e com um sorriso largo no rosto? Eu costumava dançar com elas. Você pensa que eu ficava de lado e perdia a diversão? Não, senhor. Eu pegava-as no colo — duas e até as três de uma vez — e nós girávamos. Nenhum pai perde a chance de dançar com o filho. (O que me deixa curioso para saber se Davi poderia ter tido um par para dançar.)

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O AMOR, segundo 1 Coríntios 13. 4-7




Fragmentos retirados do livro Antes de Dizer Sim, de Jaime Kemp.

1. O AMOR É PACIENTE
Este amor custa a ficar zangado ou irritado. Ele nunca levanta a voz ou perde a calma. Ele está pronto a suportar o mau trato dos outros. Este amor sabe esperar o tempo certo para cada coisa.
2. O AMOR É BENIGNO
Este amor é muito criativo. Ele demonstra consideração às pessoas mais achegadas. Ele procura elogiar em vez de criticar. Dedica tempo aos amigos através de atos de bondade. Ele procura o melhor no relacionamento com os outros. Sempre sabe ver algo positivo nas pessoas.
3. O AMOR NÃO ARDE EM CIÚMES
Ele não fica ciumento quando outros são promovidos, nem fica inseguro diante de pessoas mais capacitadas, e mais atraentes. Ele não fica aborrecido quando não recebe atenção especial.
4. O AMOR NÃO SE UFANA
Ele não procura ser o centro das atenções nas conversas. Ele não se gaba das suas habilidades, não é ostensivo.
5. O AMOR NÃO SE ENSOBERBECE
Não procura fama para si mesmo; não precisa ser bajulado para fazer o que é sua responsabilidade. Não desvia a conversa para atrair para si mesmo. Não é o centro das atenções. Não é arrogante nem orgulhoso.
6. O AMOR NÃO SE CONDUZ INCONVENIENTEMENTE
Não é grosseiro, sarcástico ou cínico. Ele tem boas maneiras. Ele respeita os outros e demonstra cortesia. É discreto e sabe a maneira correta de tratar pessoas em qualquer situação.
7. O AMOR NÃO PROCURA SEUS PRÓPRIOS INTERESSES
Este amor não é "auto-centralizado" mas "outro-centralizado". Quer dizer, ele se considera menos importante e procura saber os interesses dos outros e como podem ser satisfeitos. Ele não é possessivo com aqueles que ama, insistindo na sua própria vontade ou direitos. Não tem alvos egoístas.
8. O AMOR NÃO SE EXASPERA
Este amor não é melindroso, defensivo ou supersensível. Não fica machucado ou ofendido por coisas mínimas. Não se irrita ou fica facilmente amargurado.
9. O AMOR NÃO SE RESSENTE DO MAL
Ele tem uma grande capacidade de perdoar alguém que o ofendeu. Este amor não guarda uma lista de ofensas cometidas contra ele. Ele não se vinga, nem se defende quando é criticado ou acusado.
10. O AMOR NÃO SE ALEGRA COM A INJUSTIÇA
Este amor não se regozija secretamente quando os outros falham. Ele não aproveita a falha dos outros para se promover. Ele não faz comparações para justificar a sua própria fraqueza.
11. O AMOR REGOZIJA-SE COM A VERDADE
Este amor alegra-se muito quando a justiça reina, mesmo que outra pessoa receba o elogio que ele mesmo merecia. Ele sempre procura saber a verdade diretamente da própria pessoa e não através de outros.
12. O AMOR TUDO SOFRE
Este amor é capaz de viver em harmonia com as incoerências e inconstâncias dos outros. Ele pode suportar qualquer tipo de provação ou angústia. Ele pode entender as fraquezas dos outros.
13. O AMOR TUDO CRÊ
Está pronto a crer o melhor sobre uma pessoa e não procura uma razão para colocar em dúvida a integridade de alguém. Ele crê na pessoa e no seu valor diante de Deus. Ele procura sempre pensar positivamente sobre a outra pessoa.
14. O AMOR TUDO ESPERA
Este amor crê que Deus está agindo na vida da outra pessoa. Por isso espera que o melhor acontecerá com ela. Ele crê que Deus é capaz de escolher a pessoa certa para o casamento porque o futuro está nas Suas mãos. Ele sempre tem esperança e nunca desanima.
15. O AMOR TUDO SUPORTA
Não há nada que este amor não possa suportar. Ele não fica desanimado nem triste. É perseverante. Ele pode amar sem ser amado. Ele prevalece contra todos os obstáculos.

O Descanso da Fé


Texto retirado do livro O Descanso de Deus, de Éber Rodrigues

No mundo as pessoas geralmente precisam de dinheiro para conseguir as coisas. Lá, as coisas devem ser compradas. No reino de Deus é muito diferente: no Reino de Deus as coisas devem ser recebidas por fé, pois TUDO nos foi dado em Cristo Jesus. Em Isaías 55:1 está escrito:
Ah! Todos vós os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite”.
[...]
 A Bíblia diz, a respeito de Abraão, em Romanos 4:3 que ele “creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça”. A fé em Jesus nos justifica diante de Deus, e essa fé é o nosso crédito em Deus. Jesus dizia muitas vezes:
A tua fé te salvou”.
[...]
A fé prática estabelece a condição do reino em nosso espírito e, por isso, o nosso maior patrimônio é a nossa fé. Com ela recebemos o que nos foi dado em Cristo Jesus.
Está escrito em Hebreus 11:6 que:
“Sem fé é impossível agradar a Deus”.
[...]
Você é em Deus o quanto você puder se firmar n’Ele. E a fé é uma habilidade de Deus que nos foi dada de graça, a fim de nos firmarmos n’Ele. Através da fé nós podemos nos encaixar em Deus e nos ajustar n’Ele; assim, Ele pode ser o que Ele é em nós e através de nós.
[...]
Quando praticamos a comunhão ínti­ma que temos com Deus recebemos armas espirituais. Davi entrou na casa de Deus e comeu o pão sagrado. Porém, ao sair, saiu com a espada de Golias. Isso é muito significativo. Em comunhão com Deus a Palavra é pão que nos alimen­ta. Porém, na guerra espiritual, ela é espada contra nossos inimigos. O interessante é que aquela não era qualquer es­pada. Era a espada de Golias. A partir dali, Davi teve nas mãos o domínio da espada de Golias. Isso mostra que ao praticarmos a íntima comunhão que temos com Deus, re­cebemos pão, armas, e passamos a dominar a espada dos nossos inimigos.
[...]
É através da prática da Palavra de Deus que vivenciamos a vida e a eficácia da verdade. Ao exercermos a nossa fé no que Deus nos diz no íntimo (a Palavra vivificada ou revelada), a verdade se torna nosso pão e nossa espada dentro da Casa de Deus. A vida e a eficácia da Palavra, ou o pão e a espada que recebemos, é o que Deus usa para nos conduzir ao descanso interior da nossa fé, gerando em nós a condição de Sua Cidade, de Seu Reino, pelo Espírito Santo, e dominando as nossas circunstâncias.
[...]
A vida espiritual só se processa dentro de nós através da fé que vivenciamos todos os dias, e à medida que crescemos espiritualmente, mediante o exercício de obediência que temos de acordo com a Palavra e com o Espírito Santo, é que podemos comer alimento sólido.
“Alimento sólido” fala de um funcionamento espiritual mais alto, mais profundo, em que os desafios de fé produzem um testemunho vivo cada vez maior do amor e da fidelidade de Deus, permitindo que a grandeza d’Ele fique patente em nossas vidas. Entenda: a prática fundamental da vida cristã é a pratica da nossa fé, é o exercício do “rhema” (Palavra viva) que Deus põe em nosso espírito. Esse é o exercício fundamental: a nossa fé em ação, por meio da liberação da Palavra que o Espírito colocou em nosso íntimo, através das atitudes que tomamos quando recebemos aquela Palavra no coração.
Quando Deus põe Sua Palavra em nosso espírito, e nós a praticamos com uma fé simples, aquela Palavra específica é liberada, produzindo sua condição em nós e através de nós. A ação da fé constitui o principal comportamento que precisamos abraçar. Quanto mais exercermos a nossa fé, mais exercitaremos o nosso espírito, e mais o Espírito Santo poderá ministrar em nós...
[...]
Ler a Bíblia com um coração faminto e atento ao ensino do Espírito é algo simplesmente fundamental para o combatente da fé. O combate espiritual é um combate de fé, na sua essência, e receber a verdade no íntimo é o caminho básico para vencermos na batalha espiritual. Em Efésios 6:17, quando Paulo nos ensina a tomar a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, a expressão “Palavra” ali, no original é a palavra “rhema”. Ou seja, precisamos ouvir sempre a voz e o ensino do Espírito na batalha espiritual.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A Fonte do que Clama


14Quando chegava a Lequi e os filisteus corriam em sua direção gritando de júbilo, o espírito de Iahweh veio sobre Sansão: as cordas que amarravam seus braços se tornaram como fios de linho queimados ao fogo, e os laços que o prendiam se soltaram das suas mãos. 15Ao ver uma queixada de jumento ainda fresca, apanhou-a e com ela matou mil homens. 16Sansão disse: "Com uma queixada de jumento eu os amontoei. Com uma queixada de jumento abati mil homens." 17Quando acabou de falar, atirou para longe a queixada. Por isso é que se deu a esse lugar o nome de Ramat-Lequi. 18Sentindo uma grande sede, clamou a Iahweh dizendo: "Foste tu que alcançaste esta grande vitória pela mão do teu servo, e agora terei de morrer de sede e cair nas mãos dos incircuncisos?" 19Então Deus fendeu a cova que estava em Lequi e correu dela água. Sansão bebeu, seus sentidos retornaram e ele se reanimou. Foi por isso que se deu o nome de En-Coré àquela fonte, que ainda existe em Lequi.
(Juízes 15: 14 a 19)

            Esse texto fala a respeito de uma das vitórias de Sansão contra os filisteus. Sansão, desde o ventre de sua mãe foi escolhido e separado por Deus para trabalhar na Sua obra. A missão dele era a de começar a livrar o povo de Deus das mãos dos filisteus, já que há quarenta anos Israel estava sendo dominado por eles. Sansão alcançou êxito em várias lutas contra os filisteus. E, nesse texto, vemos mais uma derrota dos filisteus após Sansão ter sido amarrado e entregue a eles. O Espírito de Deus vem sobre Sansão e ele fere mil homens.
            No entanto, após essa vitória, Sansão sente muita sede, uma sede tal que ele estava a ponto de morrer. A Bíblia, então, diz que Sansão CLAMOU AO SENHOR!
            Deus prontamente o atendeu e fez com que saísse água de uma cavidade. O Senhor providenciou uma fonte de águas para Sansão. E, assim, ele bebeu, se reanimou e reviveu.  Dessa forma, aquele lugar passa a ser chamado de El Hacoré, que quer dizer em hebraico, A FONTE DO QUE CLAMA.
            Dia após dia temos lutas contra o pecado, lutas contra os ataques de Satanás, obstáculos a serem vencidos, metas a serem atingidas, desafios que são postos a nós em casa, na faculdade, no trabalho...
            Talvez, você tenha conseguido vencer em muitas áreas da sua vida, talvez tenha obtido muito sucesso no que tem empreendido. Mas, apesar disso, talvez você se sinta cansado, desanimado, sem forças pra continuar e vencer o próximo obstáculo que vier.
            Talvez você se sentia acostumado com a forma como estava levando sua vida, tudo aparentemente bem e com sucesso em tudo que fazia, mas agora sente-se afastado de Deus, frio espiritualmente.
            Ou então, talvez você esteja passando por uma grande dificuldade, uma área da sua vida parece estar morrendo, talvez você não veja uma saída para o seu problema. 
            Assim como Sansão, talvez você se sinta com sede, com muita sede. Então, aja sabiamente: CLAME A DEUS.
            Mesmo naquele estado em que estava, Sansão clamou a Deus. Ele sabia que precisava de uma intervenção divina e, mediante isso, tomou uma posição e clamou a Deus. E assim como Deus se inclinou para Sansão, creia! Deus se inclinará para você e te saciará com as suas águas, te levantará, levará vida ao que está morrendo, te libertará daquilo que te aprisiona, preencherá todo o seu vazio interior. Deus quer te trazer alento e abrir para você uma fonte de águas curadoras, restauradoras, libertadoras.  Quem beber dessas águas JAMAIS terá sede (Jo 4.14)!