quarta-feira, 31 de julho de 2013

LEI X GRAÇA

"A lei trabalhava com símbolos, figuras e tipos que representavam o que Deus iria fazer em nós por Jesus; mas a graça trabalha com a realidade do Espírito. Na lei, havia o candelabro; na graça, Ele nos diz: vós sois a luz do mundo. Na lei, havia o altar de incenso; na graça, queimamos incenso enquanto oramos. Na lei, havia o maná escondido dentro da arca; na graça, a revelação é dentro do seu espírito. Na lei, havia o tabernáculo; na graça, nós somos o tabernáculo. Na graça, Ele diz: vós sois o sal. O Pai planejou, o Filho fez, o Espírito transmite e a fé recebe" (Éber Rodrigues).

Discernir o Corpo do Senhor

Texto retirado do livro Love: The Way to Victory, de Kenneth Hagin
Traduzido por Bárbara Caroline Macedo

O que nós temos que perceber é que, sob a Nova Aliança, queira ou não, nós cumprirmos o número de nossos dias, em grande parte, depende de nós. Por quê? Porque a cura foi proporcionada para nossos corpos na Expiação. A Bíblia diz: “Ele mesmo tomou nossas enfermidades, e levou nossas doenças” (Mt 8.17).

Quando Jesus disse isso, Ele estava citando Isaías 53.4: “Certamente, Ele tomou sobre si nossos pesares, e carregou nossas dores”. O Hebraico literal diz: “Ele suportou nossas doenças e carregou nossas dores”.

Em seguida, 1 Pedro 2:24 também diz sobre nossa aliança de cura:

Ele levou nossos pecados em seu próprio corpo sobre o madeiro, a fim de que, mortos para o pecado, vivamos para a justiça; PELAS SUAS FERIDAS FOSTES CURADOS.

Então a cura pertence a nós. Mas nós nunca iremos ser capazes de andar na provisão de cura de Deus sem aprendermos a caminhar em amor.

Bem, se Deus tornou a cura disponível a nós na Expiação, então porque todos não são curados? Se nós iremos andar em saúde, há algo que precisamos entender sobre o amor. Observe o que a Bíblia diz em 1 Coríntios 11: 23 a 30:

Pois eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, logo após haver dado graças, o partiu e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo, depois de comer, Ele tomou o cálice e declarou: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue. Fazei isto todas as vezes que o beberdes, em memória de mim”. Portanto, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice proclamais a morte do Senhor, até que Ele venha. Por esse motivo, QUEM COMER DO PÃO OU BEBER DO CÁLICE DO SENHOR, INDIGNAMENTE, será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor. EXAMINE, POIS, CADA UM A SI PRÓPRIO, e dessa maneira coma do pão e beba do cálice. Pois quem come e bebe INDIGNAMENTE, come e bebe para sua própria condenação, NÃO DISCERNINDO O CORPO DO SENHOR. POR ESSA RAZÃO, há entre vós muitos FRACOS e DOENTES e VÁRIOS QUE JÁ DORMEM.

Agora, vamos voltar e analisar o que acabamos de ler. Quando Jesus tomou o pão, Ele disse: “Este é o Meu Corpo que foi partido por vós”. Veja, com as pisaduras de Jesus fomos sarados. Porque Seu corpo foi partido para nós na Expiação, nós podemos receber cura física para nossos corpos.

Em seguida, Jesus disse: “Este cálice é o Novo Testamento em Meu sangue”. A Bíblia diz que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados (Hb 9.22). O sangue de Jesus significa nossa redenção e limpeza de nossos pecados.

Observe a palavra “indignamente” no verso 27: “Por esse motivo, quem comer do pão ou beber do cálice do Senhor, indignamente, será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor”.

A palavra usada aqui não é “indigno”. Muitas vezes, as pessoas dizem, “Eu me sinto tão indigno”, e eles acham que esse verso se aplica a sentimentos de indignidade. Mas o verso 27 não está dizendo que nós somos indignos de participar da Ceia do Senhor.

A palavra “indigno” se refere à maneira e à atitude com a qual você participa da Ceia do Senhor. Então esse versículo está falando sobre a maneira como os Coríntios participavam da Ceia do Senhor.

Se você ler os versículos anteriores e estudar o contexto, você verá que essas pessoas estavam se reunindo, tendo uma refeição, e tendo ainda a Ceia do Senhor. Mas muitas delas bebiam vinho e ficavam bêbadas. Então Paulo estava dizendo: “Essas pessoas estão trazendo condenação e julgamento para si mesmas porque estão participando da Ceia do Senhor de um modo indigno”.

Então a Bíblia continua a dizer, “Por esta causa muitos estão fracos e doentes a muitos dormem ou morrem prematuramente”. Isso infere que nós não devemos ser fracos ou doentes. Paulo está falando sobre o corpo físico do homem aqui. Ele está dizendo que aqueles que participam da Ceia do Senhor de modo indigno podem se tornar fracos e doentes e, até, morrer prematuramente.

Esses versos estão dizendo, “Por não discernirem o corpo do Senhor, muitos estão fracos e doentes dentre vocês e muitos dormem”. “Dormir” na Bíblia significa que seus corpos estão adormecidos na sepultura, e os seus espíritos foram estar com o Senhor.

Mas, observe que eles morreram prematuramente. O número dos seus dias não foi completado. Eles não deveriam morrer. Certamente não era a vontade de Deus que eles morressem prematuramente. Na verdade, se eles tivessem discernido o corpo do Senhor, eles não teriam ficado fracos e doentes, e não teriam morrido prematuramente.

A Bíblia está dizendo que, às vezes, há uma causa ou razão das pessoas estarem fracas, doentes e, ainda, morrerem prematuramente, porque se eles não discernirem o corpo do Senhor, eles trazem juízo para si próprios.

Você notou que não há nada sobre não discernir o sangue do Senhor. Ele diz: “Não discernindo o corpo do Senhor”. “Discernir” significa ver e entender.

O partir do pão da Comunhão é um símbolo ou figura do corpo de Cristo partido. Se você não ver e entender que o corpo de Cristo foi partido para seu sustento e cura física, então embora você possa estar caminhando em amor, você pode ser fraco e doente por não se apropriar da cura que Ele já providenciou para você na Cruz do Calvário.

Cristo é nosso Cordeiro Pascal. Seu corpo foi partido para nosso sustento e cura física: “pelas suas pisaduras fostes sarados” (1 Pe 2.24). Se você não sabe que está curado pelas Suas pisaduras, então você pode ser fraco e doente fisicamente. Você pode ainda morrer prematuramente e não viver a totalidade de seu tempo aqui embaixo.

Mas há também outro lado dessa declaração, “não discernindo o corpo de Cristo”. Você pode também ser fraco e doente, e morrer prematuramente, por não discernir que o Corpo espiritual do Senhor, o Corpo de Cristo, é um (Cl 3.15).

Em outras palavras, há um Corpo de Cristo espiritual na terra hoje, o qual inclui todos os crentes nascidos-de-novo de todo o mundo (Cl 1.18). Quando Jesus estava aqui na terra, o único Corpo de Cristo que existia na terra era o Corpo físico de Jesus. Mas hoje o Corpo de Cristo consiste de crentes de todo o mundo. E nós precisamos discernir o Corpo de Cristo e caminhar em amor para com eles.

Em outras palavras, por não discernirmos o Corpo de Cristo – nossos irmãos e irmãs em Cristo – e caminhar em amor por eles, nós podemos nos abrir à fraqueza, doença e, até, à morte prematura. E a razão de muitos crentes estarem numa condição de fraqueza e doença é que eles não têm discernido o Corpo de Cristo como devem.

Se você não andar em amor pelos companheiros membros do Corpo de Cristo, você ficará fraco e doente, e não prolongará os seus dias nessa terra. Você encurtará os seus dias, e pode ainda morrer prematuramente. Eu não digo isso – a Bíblia diz isso.

Muitos cristãos já têm morrido prematuramente por não andarem em amor pelos companheiros membros do Corpo de Cristo. Eles não deveriam morrer – isso não era o melhor de Deus para eles – mas sua falta de amor encurtou seus próprios dias.

Não andar no amor pode encurtar sua vida porque isso permite ao diabo um ponto de apoio em sua vida. Cada passo fora dor amor é um passo no pecado. Pecado abre a porta para o diabo em sua vida. Portanto, para cumprir nessa terra, você terá que caminhar em amor.


E o amor de Deus nunca falha. É o amor de Deus trabalhando em nós que permitirá que caminhemos em amor para com cada membro do Corpo de Cristo. Por causa do amor – divino amor de Deus em nós – qualquer briga ou disputa pode ser resolvida. Ele pode resolver qualquer problema, porque Deus é amor. Eu tenho visto o amor de Deus trabalhando em muitas situações impossíveis ao longo dos anos.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Completarei o número dos teus dias

Texto retirado do livro Amor: o Caminho para a Vitória, de Kenneth Hagin.


Servireis ao Senhor vosso Deus, e Ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e tirará do vosso meio as enfermidades. Na tua terra não haverá mulher que aborte, nem estéril; completarei o número dos teus dias.  (Êxodo 23: 25 e 26)

Se Deus tirava do meio dos israelitas as doenças segundo a Antiga Aliança, que não é tão boa quanto a Nova Aliança que nós temos, quanto mais Ele fará isso por nós segundo a Nova Aliança? Na nova e melhor aliança não está escrito: “Guarda a lei do amor segundo a Nova Aliança, e você viverá doente e aflito durante toda a sua vida”.

Parafraseando a lei do amor segundo a Nova Aliança, você poderia ler assim Êxodo 15:26 e Êxodo 23:25,26: “Ande no Meu mandamento do amor e guarde Meus preceitos do amor; faça o que é certo aos Meus olhos, andando no amor; e Eu removerei do seu meio as doenças, e cumprirei o número dos seus dias”.


Segundo a Nova Aliança, Romanos 13:8 diz: “... pois quem ama ao próximo, tem cumprido a lei”. Se cumprirmos a lei da Nova Aliança que Jesus nos deu - de amar uns aos outros - teremos o direito de reivindicar as mesmas promessas que pertenciam aos israelitas.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

História de Deus


“Pois bem, como encaixar o que sabemos a respeito de Abraão, nosso primeiro pai na fé, nessa nova maneira de enxergar as coisas? Se Abraão tivesse sido aprovado por Deus pelo que fez, ele poderia ter recebido crédito. Mas o que temos é a história de Deus, não a de Abraão. Assim, lemos nas Escrituras: “Abraão participou do que Deus fez por ele, e isso foi decisivo. Ele acreditou que Deus podia torná-lo justo, em vez de apelar para a própria justiça.” Rm 4:1-3


Este texto nesta tradução acima é formidável, ele nos faz ver algo que muitas vezes esquecemos, mas que é a pura verdade.

Muitas vezes nos colocamos como se Deus viesse a nós para nos ajudar em nossa caminhada, planos e objetivos, mas isto é o maior engano da igreja, porque não somos nós que trazemos Deus para a nossa vida, é Deus quem nos convida e nos leva para a sua vida.

Ou seja, a história que lemos até os nossos dias, não é a história de Abraão, Davi, Samuel, John Wesley, e tantos outros grandes homens, é a história de Deus que está se desenvolvendo a cada dia, a qual temos o privilégio de sermos chamados a participar.

Observa o autor querendo corrigir isto no texto acima, dizendo que Abraão não foi considerado justo pelo que fez, mas sim por ter participado da história de Deus, acreditando que este era poderoso para realizar a sua promessa.

Querido, a verdade é que somos chamados, convidados a participar da poderosa obra de Deus que está acontecendo nestes dias, não somos nós que chamamos Deus para participar de nossas vidas, aqui está o grande erro.

Veja este versículo:

“Fiel é o que vos chama a si mesmo, e absolutamente confiável, e ele também vai fazer cumprir o seu chamado de santificação e o manterá.” 1 Ts 5:24

Observa que é Ele quem nos chamou, e assim é o que encontrará por toda a bíblia, Ele nos chamando, lembre-se Jesus é quem chamou os apóstolos, desta forma, cabe a nós aceitar o chamado e desenvolver aquilo pelo qual Ele nos chamou.

Assim sendo, a partir do chamado, não é mais a nossa história que será escrita, mas a história dEle, o plano dEle que se desenvolverá, onde nesta história somos apenas coadjuvantes, e a nossa posição é simplesmente um canal para que a sua vontade aconteça neste tempo.

Penso que isto muda muito sobre como temos desenvolvido o nosso papel de coadjuvante, ou se estamos querendo fazer do nosso papel de coadjuvante o papel principal na sua história.

Lembre-se: você foi chamado, atraído, e não Ele por você.   


Oração e Declaração:

Amado Deus, obrigado pelo privilégio de ser chamado para a sua história em nossos dias, espero que cumpra o meu papel de forma poderosa, cooperando para que verdadeiramente a história que o Senhor está executando desde a criação dos tempos possa ter o fim planejado. Amém.

Fique na paz!  
Um abraço.
Alberto Carlos Macedo

terça-feira, 9 de julho de 2013

A Bíblia jamais faz pouco caso da decepção humana (lembre-se
da proporção em Jó — um capítulo de restauração segue-se a
quarenta e um capítulos de angústia); acrescenta, porém, uma
palavra chave: temporário. O que sentimos agora, nem sempre
sentiremos. Nosso desapontamento é ele próprio um sinal, uma
dor, uma fome de algo melhor. E a fé é, afinal, um tipo de
saudade — de um lar que jamais visitamos, mas que nunca
deixamos de anelar.

(DECEPCIONADO COM DEUS - Philip Yancey)

terça-feira, 2 de julho de 2013

Corpo de Cristo

       
Texto retirado do livro Decepcionado com Deus, de Philip Yancey.


Em um corpo, Cristo conciliou os dois mundos, unindo finalmente espírito e matéria, unificando a criação de uma forma que não se via desde o Éden. O teólogo Jürgen Moltmann assim o expressa, numa sentença que merece muita reflexão: "A corporificação é o propósito de todas as obras de Deus." E é assim que o apóstolo Paulo o expressa: "Ele é a cabeça do corpo, da igreja... porque aprouve a Deus que nele residisse toda a plenitude, e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as cousas, quer sobre a terra, quer nos céus."

Quando aquele Verbo-feito-carne ascendeu, deixou para trás sua Presença na forma de seu corpo, a igreja. Nossa bondade torna-se literalmente a bondade de Deus ("Sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes"). Nosso sofrimento torna-se, no dizer de Paulo, "a comunhão dos seus sofrimentos". Nossas ações tornam-se suas ações ("Quem vos recebe, a mim me recebe"). O que acontece a nós, acontece a ele ("Saulo, Saulo, por que me persegues?"). Os dois mundos, visível e invisível, fundem-se em Cristo; e nós, como Paulo sempre insistia, estamos mui literalmente "em Cristo". A incorporação é o propósito de toda obra de Deus, o objetivo de toda a criação.
            
Olhando a partir de baixo, nossa tendência é pensarmos em milagres como uma invasão, uma erupção no mundo natural com uma força espetacular, e nós ansiamos por tais sinais. Mas a partir de cima, do ponto de vista de Deus, o milagre real é o da transposição; que corpos humanos possam tornar-se vasos cheios do Espírito, que atos humanos corriqueiros de caridade e bondade possam tornar-se nada menos do que a encarnação de Deus na terra.

Para finalizar a analogia, não preciso procurar além das palavras de Paulo, pois a imagem que ele apresenta para descrever o papel de Cristo no mundo de hoje é a mesma que empreguei para ilustrar a transposição. Jesus Cristo, disse Paulo, agora atua como a cabeça do corpo. Sabemos como uma cabeça humana realiza sua vontade: traduzindo, num sentido descendente, ordens que as mãos e os olhos e a boca possam entender. Um corpo saudável é aquele que segue a vontade da cabeça. Dessa mesma maneira, o Cristo ressurreto realiza sua vontade através de nós, os membros de seu corpo.


Deus está calado? Respondo a essa pergunta com uma outra: A igreja está calada? Nós somos seus porta-vozes, as cordas vocais que ele designou neste planeta. Um plano de uma transposição assim chocante garante que a mensagem de Deus algumas vezes pareça confusa ou incoerente; garante que Deus algumas vezes pareça calado. Mas a incorporação era o seu objetivo, e, à luz disso, o Dia de Pentecostes torna-se uma metáfora perfeita: a voz de Deus na terra, falando através de seres humanos em formas que até eles não conseguiam compreender.