terça-feira, 28 de maio de 2013

Ministério Ismael X Ministério Isaque

Texto retirado do livro Vitória no Deserto, de John Bevere.

Existem dois tipos de ministério: o ministério tipo Ismael e o de Isaque. Qual a diferença entre os dois? O ministério Ismael nasce da necessidade e é gerado na carne. O ministério Isaque nasce do chamamento e é gerado no Espírito. Ambos surgiram da promessa ou do chamamento de Deus.
Deixe-me explicar. Deus prometeu a Abraão que teria um filho. Um filho gerado pelo próprio Abraão. Deus nada falou a respeito do papel que Sarai, sua esposa estéril, desempenharia no processo. Depois de onze anos de espera pelo filho, Sarai teve uma ideia brilhante. "Sou estéril e já passei da idade de gerar filhos. Você ainda está em plena forma; se demorar, nem mesmo você conseguirá gerar um filho. Você sabe, a fé sem obras é morta! Então, deite-se com minha serva Hagar, engravide-a e teremos filhos através dela (paráfrase de Génesis 16). A ideia agradou a Abraão, e Hagar ficou grávida dele, nascendo-lhes um menino, em quem puseram o nome de Ismael.
Deus olhou tudo aquilo e disse consigo mesmo: "Eles acham que vão realizar minha promessa na força da carne. Agora, sim! Vou aguardar até que o aparelho reprodutor de Abraão não mais funcione, e aí, sim, cumprirei minha promessa" (paráfrase). Por quê? Porque nenhuma carne se gloriará em Deus. Assim, treze anos mais tarde, e vinte e quatro anos depois de haver-lhe prometido um filho (e nós desanimamos se nossas orações não são respondidas no dia seguinte), Deus disse: "Agora que o aparelho reprodutor de Abraão não mais funciona (Romanos 4:19) e ele já está próximo dos cem anos de idade, vou cumprir a promessa de dar-lhe um filho" (paráfrase). Deus rejuvenesceu o sistema reprodutivo de ambos e Sara concebeu e deu à luz Isaque. Ismael circulava pela casa há treze anos quando Isaque nasceu, e viveu alguns anos mais gozando os benefícios da família de Abraão, enquanto Isaque era criança. No entanto, chegou o dia em que Ismael começou a brigar com Isaque. Veja o que aconteceu:
"... O que nascera segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim também agora. Contudo, que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava será herdeiro com o filho da livre" (Gl 4:29, 30 - grifo do autor).
O nascido da carne, o que surge como fruto da necessidade, sempre perseguirá o que é nascido do Espírito. Ainda hoje, existem ministérios gerados em Hagar cujo fruto é Ismael. São ministérios que surgem da carne, ainda que a promessa seja genuína. São pessoas que não esperaram que Deus cumprisse suas promessas para com elas e resolveram agir por conta própria.
Não estou me referindo a ministérios apenas, mas a todo estilo de vida. Lembre-se: a carne jamais poderá efetivar as promessas divinas! Se o projeto nasceu da carne, a provisão virá da carne. E isso geralmente é feito através de manipulação e controle. É aqui que as pessoas buscam o poder e brincam com as emoções do próximo a fim de obterem algum resultado. De uma hora para outra, você é responsável pelo sucesso ou derrota de tal ministério, dependendo de sua reação. Você se vê envolvido numa trama de legalismo e exigências. Ainda que nos refiramos ao ministério, quero deixar claro que isso não ocorre apenas com os obreiros aqui descritos; aplica-se também a qualquer coisa criada na força da carne.
Por outro lado, o que é nascido do Espírito entende que nada fez para influir na formação e reconhece que nada pode fazer, nem dar o crescimento por suas próprias forças. Deus torna-se o responsável, e sobre Ele vem a pressão de fazer crescer o que Ele mesmo gerou!
Quando Isaque nasceu, Ismael tinha uma posição privilegiada na casa. Examinando a história, pude perceber que o ministério Ismael sempre surge antes do ministério Isaque. Você tem de resistir à tentação de gerar na carne, o que Deus prometeu gerar no Espírito. Lembre-se do texto bíblico: "Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava será herdeiro com o filho da livre".
Chegará o dia quando o Senhor virá ao seu templo, dizendo: "Fora com os ministérios da carne! Nenhum ministério nascido do esforço humano pode herdar com o ministério da promessa." Ainda que estejam frutificando, Deus dirá: "Lancem fora!" Por quê? Para que nenhuma carne se glorie na presença de Deus!

Quando o juízo de Deus chegar, separando o precioso do vil, se uma parte de sua vida ou ministério tiver sido construída na força de sua capacidade e outra na força do Espírito, somente a parte edificada pelo Espírito permanecerá. Se alguém constrói sua vida ou seu ministério utilizando métodos humanos e autopromoção, nada do que edificou permanecerá. Será salvo como que pelo fogo. Somente permanecerá o que nasceu da promessa e foi gerado pelo Espírito Santo!

domingo, 5 de maio de 2013

Deus Distante


Texto retirado do livro Derrubando Golias, de Max Lucado.


Um homem morto e um homem dançando. Um esticado no chão, o outro dando pulos no ar. O homem morto é o sacerdote Uzá. O homem que está dançando é o rei Davi. Os leitores de 2 Samuel não sabem o que fazer com nenhum dos dois. Um pequeno contexto os ajudará.

A morte do primeiro e a dança do segundo têm algo a ver com a arca da aliança, uma caixa retangular comissionada por Moisés. A caixa não era grande: um metro e dez de altura por 70 centímetros de largura. Três dos objetos hebraicos mais preciosos ficavam na arca: uma jarra de ouro contendo o maná intacto, a vara de Arão que floresceu muito tempo depois de ter sido cortada e as preciosas tábuas de pedra tocadas pelo dedo de Deus ao serem gravadas. Uma lâmina de ouro pesada, chamada propiciatório, servia como tampa para a caixa. Dois querubins de ouro, com asas estendidas, ficavam de frente um para o outro e olhavam para a tampa de ouro. Representavam a majestade do Senhor guardando a lei e as necessidades do povo. A arca simbolizava a provisão (o maná) de Deus, o poder (a vara) de Deus, os preceitos (os mandamentos) de Deus e, principalmente, a presença de Deus. Durante a época do templo, o sumo sacerdote podia ficar uma vez por ano diante da arca. Após oferecer sacrifícios pessoais de arrependimento, ele entrava no santo dos santos, segundo a história, com uma corda amarrada ao tornozelo para que não perecesse na presença de Deus e precisasse ser arrastado para fora.

É possível exagerarmos quanto à importância da arca? Dificilmente. Até onde seria preciosa para nós a manjedoura em que Jesus nasceu? E a cruz? Se tivéssemos a mesma cruz sobre a qual ele foi crucificado, daríamos valor a ela? Você também daria.

Por isso nós nos perguntamos por que os israelitas não valorizavam a arca da aliança. Surpreendentemente, deixaram-na acumular pó por 30 anos na casa de um sacerdote que morava cerca de 11 quilômetros ao oeste de Jerusalém. Negligenciada. Ignorada. Mas Davi, recém-coroado, resolve mudar isso. Depois de organizar a cidade de Jerusalém, ele tem como sua prioridade trazer a caixa de volta. Planeja um desfile de alto nível e convida 30.000 hebreus a participar. Eles reúnem-se perto da casa do sacerdote Abinadabe. Seus dois filhos,1 Uzá e Aiô, são responsáveis pelo transporte. Eles carregam a arca em uma carroça puxada por bois e começam a marcha. Trombetas soam, canções ecoam, e tudo segue bem ao longo dos três primeiros quilômetros até que eles pegam um trecho ruim da estrada. Os bois tropeçam, a carroça balança e a arca se desloca. Uzá, pensando que a caixa sagrada estava para cair da carroça, estica o braço para segurá-la. O céu fulminou Uzá "e ele morreu" (2 Samuel 6:7). Isso acaba rapidamente com o desfile. Todos voltam para casa. Profundamente angustiado, Davi volta para Jerusalém. A arca é mantida na casa de Obede-Edom enquanto Davi resolve tudo. Ao que parece, Davi é bem sucedido em sua missão, pois, ao final de três meses, ele volta, recupera a arca e reinicia o desfile. Dessa vez ninguém morre. Há dança. Davi entra em Jerusalém cheio de alegria. E "Davi foi dançando com todas as suas forças perante o SENHOR" (6:14).

Dois homens. Um morto. O outro dançando. O que eles nos ensinam? Especificamente, o que eles nos ensinam sobre a questão de invocar a presença de Deus? É isso que Davi quer saber: "Como vou conseguir levar a arca do SENHOR?" (6:9).

Na história de Davi e seus gigantes, esse é um problema do tamanho de um gigante. Deus é um deus distante? As mães perguntam: "Como a presença de Deus pode vir sobre meus filhos?" Os pais pensam: "Como a presença de Deus pode encher minha casa?" As igrejas desejam em seu meio a presença de Deus que toca, que ajuda, que cura. Como a presença de Deus pode vir até nós? Devemos acender velas, entoar cânticos, edificar um altar, liderar uma comitiva, doar um barril cheio de dinheiro? O que invoca a presença de Deus? Uzá e Davi misturam morte e dança para revelar uma resposta.

A tragédia de Uzá ensina o seguinte: Deus vem com suas próprias condições. Ele dá instruções específicas quanto ao cuidado com a arca e com o seu transporte. Somente os sacerdotes podiam aproximar-se dela. E, então, só depois ofereciam sacrifícios por si mesmos e suas famílias (veja Levítico 16). A arca era erguida, não com as mãos, mas com varas de acácia. Os sacerdotes passavam varas longas pelas argolas nas extremidades para carregarem-na. "Os coatitas virão carregá-los [os utensílios e todos os artigos sagrados]. Mas não tocarão nas coisas sagradas; se o fizerem, morrerão... eles deveriam carregar nos ombros os objetos sagrados" (Números 4:15; 7:9).

Uzá deveria saber disso. Ele era um sacerdote, um sacerdote coatita, um descendente do próprio Arão. A arca fora mantida na casa de seu pai, Abinadabe. Ele crescera com ela — o que talvez seja a melhor explicação para seus atos. Ele recebe a ordem de que o rei quer a arca e diz: "E claro que posso levá-la. Nós a tiramos do celeiro. Vamos colocá-la na carroça". O santo tornou-se monótono. O sagrado, de qualidade inferior. Por isso ele muda as ordens por conveniência, usando uma carroça, em vez de varas, e touros, em vez de sacerdotes. Não vemos obediência ou sacrifício; vemos conveniência. Deus irou-se. Mas ele tinha de matar Uzá? Ele tinha de tirar sua vida?

Fizemos a pergunta para Joe Shulam. Joe cresceu em Jerusalém, estudou no Seminário de Rabinos Judeus Ortodoxos e ainda mora em Israel. Ele conhece o Antigo Testamento a fundo. Ele encontrou alguns de nós no aeroporto e nos levou para Jerusalém, passando perto do lugar onde Uzá foi morto. — A pergunta — opinou ele em resposta — não é por que Deus matou Uzá, mas, em vez disso, por que ele nos deixa vivos? A julgar pelo número de igrejas mortas e corações frios, não tenho tanta certeza de que seja assim.

A imagem de Uzá morto manda um lembrete sério e arrepiante para aqueles de nós que conseguem ir à igreja com a freqüência que desejam, ter comunhão sempre que desejam. A mensagem é: não relaxe diante do santo. Deus não será levado em carroças convenientes ou carregado por animais irracionais. Não o confunda com um gênio que sai de uma lâmpada depois de ela ser esfregada ou com um mordomo que aparece ao som de uma campainha. Deus vem, lembre-se. Mas ele vem com suas próprias condições. Ele vem quando ordens são respeitadas, corações estão limpos e a confissão é feita.

Mas e o segundo personagem? Qual é a mensagem do homem dançando?

A primeira reação de Davi à morte de Uzá não é nada alegre. Ele retira-se para Jerusalém, confuso e magoado, "contrariado porque o SENHOR, em sua ira, havia fulminado Uzá" (1 Crônicas 13:11). Três meses se passam antes de Davi voltar para buscar a arca. Ele faz isso com um protocolo diferente. Sacerdotes tomam o lugar de touros. O sacrifício toma o lugar da conveniência. Os levitas consagram-se "para transportar a arca do SENHOR". Eles carregam a
arca de Deus "apoiando as varas da arca sobre os ombros, conforme Moisés tinha ordenado, de acordo com a Palavra do SENHOR" (1 Crônicas 15:14,15). Ninguém tem pressa. "Quando os que carregavam a arca do SENHOR davam seis passos, ele [Davi] sacrificava um boi e um novilho gordo" (2 Samuel 6:13). Quando percebe que Deus não está irado, Davi oferece um sacrifício e __________________________. Secione a resposta correta dentre as seguintes alternativas:

a. ajoelha-se perante o Senhor;
b. cai prostrado perante o Senhor;
c. abaixa a cabeça perante o Senhor;
d. dança com todas as suas forças perante o Senhor.

Se sua resposta foi a alternativa d, você acaba de ganhar um ingresso para a quadrilha da igreja. Davi dança com todas as suas forças perante o Senhor (6:14). Cambalhotas, chutes para o alto. Rodopiando, pulando. Não é bater os pés ou balançar a cabeça. O termo hebraico descreve Davi andando em círculos, saltitando e pulando. Esqueça o arrasta-pé simbólico ou a valsa obrigatória. Davi-o-matador-de-gigantes torna-se Davi-odançarino- de-passos-duplos. Ele é o prefeito de uma cidade famosa no dia de um santo badalado, pulando e gingando à frente do desfile. E, se não bastasse, ele tira o colete sacerdotal, a veste de linho para orações. O colete cobre a mesma parte que cobre uma camiseta longa.

Bem ali, diante de Deus, do altar e de todas as demais pessoas, Davi tira nada menos que sua roupa íntima sagrada. (Imagine o presidente da República fugindo do Salão Oval de cueca e dando cambalhotas por uma avenida movimentada.) Davi dança e nós abaixamos a cabeça. Prendemos a respiração. Sabemos o que está por vir. Lemos sobre Uzá. Sabemos o que Deus faz com os irreverentes e com os metidos. Ao que parece, Davi não estava prestando atenção. Pois aqui está ele, em plena presença de Deus e dos filhos de Deus, sacudindo sua roupa íntima. Segure sua respiração e chame o coveiro. Até logo, rei Davi. Prepare-se para ser fritado, flambado e refogado. Mas nada acontece. O céu está em silêncio, Davi continua rodopiando e nós ficamos curiosos. A dança não chateia Deus? O que Davi tem que Uzá não tinha? Por que o Pai celestial não está zangado?

Pela mesma razão por que eu não estava. Elas não fazem agora, mas, quando eram muito pequenas, minhas filhas dançavam quando eu chegava em casa. Meu carro na entrada de casa era sinal para elas começarem a puxar a banda."Papai chegou!", elas anunciavam, passando correndo pela porta. Bem ali, no gramado em frente de casa, elas dançavam. Extravagantemente. Com o rosto sujo de chocolate e a fralda lá nos pés, elas se exibiam para que todos os vizinhos vissem. Isso me incomodava? Eu ficava irritado? Ficava preocupado com o que as pessoas pensariam? Dizia para elas se endireitarem e agirem de forma madura? De jeito nenhum.

Deus disse a Davi que se comportasse? Não. Ele o deixou dançar. As Escrituras não retratam Davi dançando em algum outro momento. Ele não dançou com a morte de Golias. Nunca sambou no meio dos filisteus. Não inaugurou seu tempo como rei com uma valsa ou dedicou a Jerusalém um giro pelo salão de baile. Mas, quando Deus chegou à cidade, Davi não conseguiu ficar parado. Talvez Deus se pergunte como foi que nós nos contivemos. Não gostamos daquilo que Davi queria? A presença de Deus. Jesus prometeu: "Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" (Mateus 28:20). Contudo, faz quanto tempo que enrolamos o tapete e celebramos noite afora a presença de Deus? O que Davi sabia que não sabemos? Do que ele se lembrou que nós esquecemos? Em uma frase, poderia ser o seguinte: O presente de Deus é sua presença.

Seu maior presente é ele mesmo. O pôr-do-sol tira-nos o fôlego. O azul do Caribe acalma nosso coração. Recém-nascidos levam-nos às lágrimas. O amor para toda a vida embeleza nossa vida. Mas leve tudo isso embora — prive-nos do pôr-do-sol, de oceanos, de bebês murmurando e de corações moles — e deixe-nos no deserto do Saara, e ainda teremos razão para dançar na areia. Por quê? Porque Deus está conosco. Isso deve ser o que Davi sabia. E isso deve ser o que Deus quer que saibamos. Nunca estamos sozinhos. Nunca. Deus ama você demais para deixá-lo sozinho, por isso ele não o deixou. Ele não o deixou sozinho com seus medos, suas preocupações, suas doenças ou sua morte. Por isso, pule de alegria. E faça festa! Davi "abençoou o povo em nome do SENHOR dos Exércitos, e deu um pão, um bolo de tâmaras e um bolo de uvas passas a cada homem e a cada mulher israelita" (2 Samuel 6:18,19). Deus está conosco. Essa é a razão para a celebração.

Uzá, ao que parece, deixou isso escapar. Uzá via um deus pequeno, um deus que cabia dentro de uma caixa e precisava de ajuda para se equilibrar. Por isso Uzá não se preparou para ele. Ele não se purificou para se encontrar com o santo: não ofereceu sacrifício, não observou os mandamentos. Esqueça-se do arrependimento e da obediência; coloque Deus na parte de trás de uma carroça e siga em frente. Ou, em nosso caso, viva como o inferno por seis dias e aproveite a graça do domingo. Ou, quem se importa com aquilo em que você crê? Apenas use um crucifixo em volta do pescoço para ter sorte. Ou, acenda algumas velas, faça algumas preces e tenha Deus do seu lado. O corpo sem vida de Uzá alerta contra tal irreverência.

A falta de temor a Deus leva à morte do homem. Deus não será bajulado, controlado, evocado ou ordenado a descer. Ele é um Deus pessoal que ama, cura, ajuda e intervém. Ele não responde a poções mágicas ou slogans inteligentes. Ele procura mais. Procura reverência, obediência e corações com fome de Deus. E, quando os vê, ele vem! E, quando ele vier, deixe a banda começar. E, sim, um coração reverente e pés que dançam podem pertencer à mesma pessoa. Davi tinha as duas coisas. Que tenhamos o mesmo.

A propósito, você se lembra do que eu disse sobre minhas filhas dançando de fraldas e com um sorriso largo no rosto? Eu costumava dançar com elas. Você pensa que eu ficava de lado e perdia a diversão? Não, senhor. Eu pegava-as no colo — duas e até as três de uma vez — e nós girávamos. Nenhum pai perde a chance de dançar com o filho. (O que me deixa curioso para saber se Davi poderia ter tido um par para dançar.)

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O AMOR, segundo 1 Coríntios 13. 4-7




Fragmentos retirados do livro Antes de Dizer Sim, de Jaime Kemp.

1. O AMOR É PACIENTE
Este amor custa a ficar zangado ou irritado. Ele nunca levanta a voz ou perde a calma. Ele está pronto a suportar o mau trato dos outros. Este amor sabe esperar o tempo certo para cada coisa.
2. O AMOR É BENIGNO
Este amor é muito criativo. Ele demonstra consideração às pessoas mais achegadas. Ele procura elogiar em vez de criticar. Dedica tempo aos amigos através de atos de bondade. Ele procura o melhor no relacionamento com os outros. Sempre sabe ver algo positivo nas pessoas.
3. O AMOR NÃO ARDE EM CIÚMES
Ele não fica ciumento quando outros são promovidos, nem fica inseguro diante de pessoas mais capacitadas, e mais atraentes. Ele não fica aborrecido quando não recebe atenção especial.
4. O AMOR NÃO SE UFANA
Ele não procura ser o centro das atenções nas conversas. Ele não se gaba das suas habilidades, não é ostensivo.
5. O AMOR NÃO SE ENSOBERBECE
Não procura fama para si mesmo; não precisa ser bajulado para fazer o que é sua responsabilidade. Não desvia a conversa para atrair para si mesmo. Não é o centro das atenções. Não é arrogante nem orgulhoso.
6. O AMOR NÃO SE CONDUZ INCONVENIENTEMENTE
Não é grosseiro, sarcástico ou cínico. Ele tem boas maneiras. Ele respeita os outros e demonstra cortesia. É discreto e sabe a maneira correta de tratar pessoas em qualquer situação.
7. O AMOR NÃO PROCURA SEUS PRÓPRIOS INTERESSES
Este amor não é "auto-centralizado" mas "outro-centralizado". Quer dizer, ele se considera menos importante e procura saber os interesses dos outros e como podem ser satisfeitos. Ele não é possessivo com aqueles que ama, insistindo na sua própria vontade ou direitos. Não tem alvos egoístas.
8. O AMOR NÃO SE EXASPERA
Este amor não é melindroso, defensivo ou supersensível. Não fica machucado ou ofendido por coisas mínimas. Não se irrita ou fica facilmente amargurado.
9. O AMOR NÃO SE RESSENTE DO MAL
Ele tem uma grande capacidade de perdoar alguém que o ofendeu. Este amor não guarda uma lista de ofensas cometidas contra ele. Ele não se vinga, nem se defende quando é criticado ou acusado.
10. O AMOR NÃO SE ALEGRA COM A INJUSTIÇA
Este amor não se regozija secretamente quando os outros falham. Ele não aproveita a falha dos outros para se promover. Ele não faz comparações para justificar a sua própria fraqueza.
11. O AMOR REGOZIJA-SE COM A VERDADE
Este amor alegra-se muito quando a justiça reina, mesmo que outra pessoa receba o elogio que ele mesmo merecia. Ele sempre procura saber a verdade diretamente da própria pessoa e não através de outros.
12. O AMOR TUDO SOFRE
Este amor é capaz de viver em harmonia com as incoerências e inconstâncias dos outros. Ele pode suportar qualquer tipo de provação ou angústia. Ele pode entender as fraquezas dos outros.
13. O AMOR TUDO CRÊ
Está pronto a crer o melhor sobre uma pessoa e não procura uma razão para colocar em dúvida a integridade de alguém. Ele crê na pessoa e no seu valor diante de Deus. Ele procura sempre pensar positivamente sobre a outra pessoa.
14. O AMOR TUDO ESPERA
Este amor crê que Deus está agindo na vida da outra pessoa. Por isso espera que o melhor acontecerá com ela. Ele crê que Deus é capaz de escolher a pessoa certa para o casamento porque o futuro está nas Suas mãos. Ele sempre tem esperança e nunca desanima.
15. O AMOR TUDO SUPORTA
Não há nada que este amor não possa suportar. Ele não fica desanimado nem triste. É perseverante. Ele pode amar sem ser amado. Ele prevalece contra todos os obstáculos.

O Descanso da Fé


Texto retirado do livro O Descanso de Deus, de Éber Rodrigues

No mundo as pessoas geralmente precisam de dinheiro para conseguir as coisas. Lá, as coisas devem ser compradas. No reino de Deus é muito diferente: no Reino de Deus as coisas devem ser recebidas por fé, pois TUDO nos foi dado em Cristo Jesus. Em Isaías 55:1 está escrito:
Ah! Todos vós os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite”.
[...]
 A Bíblia diz, a respeito de Abraão, em Romanos 4:3 que ele “creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça”. A fé em Jesus nos justifica diante de Deus, e essa fé é o nosso crédito em Deus. Jesus dizia muitas vezes:
A tua fé te salvou”.
[...]
A fé prática estabelece a condição do reino em nosso espírito e, por isso, o nosso maior patrimônio é a nossa fé. Com ela recebemos o que nos foi dado em Cristo Jesus.
Está escrito em Hebreus 11:6 que:
“Sem fé é impossível agradar a Deus”.
[...]
Você é em Deus o quanto você puder se firmar n’Ele. E a fé é uma habilidade de Deus que nos foi dada de graça, a fim de nos firmarmos n’Ele. Através da fé nós podemos nos encaixar em Deus e nos ajustar n’Ele; assim, Ele pode ser o que Ele é em nós e através de nós.
[...]
Quando praticamos a comunhão ínti­ma que temos com Deus recebemos armas espirituais. Davi entrou na casa de Deus e comeu o pão sagrado. Porém, ao sair, saiu com a espada de Golias. Isso é muito significativo. Em comunhão com Deus a Palavra é pão que nos alimen­ta. Porém, na guerra espiritual, ela é espada contra nossos inimigos. O interessante é que aquela não era qualquer es­pada. Era a espada de Golias. A partir dali, Davi teve nas mãos o domínio da espada de Golias. Isso mostra que ao praticarmos a íntima comunhão que temos com Deus, re­cebemos pão, armas, e passamos a dominar a espada dos nossos inimigos.
[...]
É através da prática da Palavra de Deus que vivenciamos a vida e a eficácia da verdade. Ao exercermos a nossa fé no que Deus nos diz no íntimo (a Palavra vivificada ou revelada), a verdade se torna nosso pão e nossa espada dentro da Casa de Deus. A vida e a eficácia da Palavra, ou o pão e a espada que recebemos, é o que Deus usa para nos conduzir ao descanso interior da nossa fé, gerando em nós a condição de Sua Cidade, de Seu Reino, pelo Espírito Santo, e dominando as nossas circunstâncias.
[...]
A vida espiritual só se processa dentro de nós através da fé que vivenciamos todos os dias, e à medida que crescemos espiritualmente, mediante o exercício de obediência que temos de acordo com a Palavra e com o Espírito Santo, é que podemos comer alimento sólido.
“Alimento sólido” fala de um funcionamento espiritual mais alto, mais profundo, em que os desafios de fé produzem um testemunho vivo cada vez maior do amor e da fidelidade de Deus, permitindo que a grandeza d’Ele fique patente em nossas vidas. Entenda: a prática fundamental da vida cristã é a pratica da nossa fé, é o exercício do “rhema” (Palavra viva) que Deus põe em nosso espírito. Esse é o exercício fundamental: a nossa fé em ação, por meio da liberação da Palavra que o Espírito colocou em nosso íntimo, através das atitudes que tomamos quando recebemos aquela Palavra no coração.
Quando Deus põe Sua Palavra em nosso espírito, e nós a praticamos com uma fé simples, aquela Palavra específica é liberada, produzindo sua condição em nós e através de nós. A ação da fé constitui o principal comportamento que precisamos abraçar. Quanto mais exercermos a nossa fé, mais exercitaremos o nosso espírito, e mais o Espírito Santo poderá ministrar em nós...
[...]
Ler a Bíblia com um coração faminto e atento ao ensino do Espírito é algo simplesmente fundamental para o combatente da fé. O combate espiritual é um combate de fé, na sua essência, e receber a verdade no íntimo é o caminho básico para vencermos na batalha espiritual. Em Efésios 6:17, quando Paulo nos ensina a tomar a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, a expressão “Palavra” ali, no original é a palavra “rhema”. Ou seja, precisamos ouvir sempre a voz e o ensino do Espírito na batalha espiritual.