domingo, 18 de março de 2012

Homenagem ao meu pai: Alberto Carlos Macedo







Nos contos de fadas há a representação de alguns pais, mas nenhum deles assemelha-se ao meu. Vejamos alguns exemplos: o pai da Bela Adormecida a amava, mas pisou na bola em uma coisa: se esqueceu de convidar uma das fadas mais velhas e poderosas para o batismo de sua filha, o que trouxe consequências: 100 anos de sono em todo reinado e, então, a paralisação de qualquer atividade dela e dos demais. O pai da Cinderela e o da Branca de Neve também fizeram com que suas filhas fossem acometidas por alguns problemas, ao deixarem que mulheres dominadoras os subjugassem. Por conta disso, Cinderela foi obrigada a vestir trapos e trabalhar como empregada da casa. Já, a madrasta de Branca de Neve buscava fazer de tudo para matá-la, chegando a quase alcançar seu objetivo. Em todas essas histórias precisou aparecer um príncipe forte, belo e virtuoso que atua no resgate das moças, seja fazendo com que feitiços sejam quebrados ou livrando-as das mãos daqueles que lhes fazem mal. Assim, eles dão a elas a segurança e proteção que não lhes foi concedida por seus pais.

Mas, na história da minha vida, que não é um conto de fadas, mas uma história escrita pelo dedo de Deus, o meu pai tem por mestre aquele que criou todas as coisas, inclusive o amor. Aquele que não apenas criou o amor, mas aquele que é o próprio amor. Com esse mestre, meu pai aprende a não se deixar levar por pessoas, não ser persuadido pelo discurso de falsos conselheiros, não temer e se deixar ser vencido por inimigos, não buscar fazer aquilo que entende como o adequado, não buscar agir por si mesmo, mas buscar dia após dia fazer a vontade do mestre. E o meu pai, meu querido pai, que me aguenta há vinte anos, tem procurado seguir esses conselhos. 

Sabe, ele não é perfeito, mas ele busca a perfeição, inspirando-se em Jesus em cada tomada de decisão, em cada passo a seguir e em cada ensino a transmitir. O meu pai procura fazer a vontade do Nosso Pai, o Pai de todos, aquele que ensina dia após dia como ele deve agir enquanto pai. Imagina ter um pai que busca estar juntinho, juntinho com o melhor pai de todos? Com o pai perfeito? Como não ser feliz e agradecida por isso? Por poder ser amada e ensinada por um pai que tem não só como mestre, mas também como amigo íntimo o melhor pai de todos? Como não ser satisfeita por ter um pai que à medida que se relaciona intimamente com o mestre do amor, se torna mais parecido com Ele, destilando desse mesmo amor? 

O meu pai, por sua obediência a Deus e por querer ser unicamente movido por esse Deus, é um canal de bençãos na minha vida. Sempre procurando me dar a direção certa na estação certa, não permitindo que minha vida e realizações se paralisem, mas que eu cresça em sabedoria, estatura e graça. 

Parabéns pelo seu dia, Papi! 

Amo muito você e agradeço a Deus por ter o privilégio de tê-lo como pai, o qual não me preparou para um mundo de contos de fadas à espera de um príncipe encantado, mas que me ensinou a fundamentar minha vida em um rocha firme chamada Jesus e a viver por Ele, na certeza de que um dia Ele irá me buscar e, Ele sim me dará um futuro feliz para sempre.

Sua filha mais velha.